Plantações de Exóticas prejudicam ambiente na região de Camaçari e Entre-Rios
A região entre Camaçari e Entre-Rios, na Bahia, está se transformando em via expressa para o transporte de toras de Eucaliptos para serem levadas as Fábricas de Celulose. São carretas bi-trem, dia e noite trafegando pelas estradas do Estado (BA 093 e 512) e BR 110.
As cargas de madeira, são levadas para o Porto Marítimo, para a BAHIA PULP, que fica no Pólo-petroquímico de Camaçari, e para empresas que fabricam papel e outras que fabricam Palitos e brinquedos. São vários comboios, com intervalos de 30 a 60 minutos.
Ativistas ambientalistas da região alertam para os problemas ambientais decorrentes das plantações, com a degradação do solo, a morte de nascentes, de rios e da perda da biodiversidade.
Além de poluir o Meio Ambiente, a FERBASA, Cia de Ferro Ligas da Bahia, é proprietária de Fazendas de Eucaliptos, onde possuem fornos para produzir carvão utilizado nos Fornos da Siderúrgica.
A região comporta diversas cidades como, Camaçari, Dias D'Ávila, Mata de São João, Pojuca Araçás, Entre-Rios, Itanagra e Alagoinhas, com uma população regional estimada em mais de 100 mil habitantes, que estão sendo afetadas pelas plantações de eucaliptos, pois além do impacto ambiental, produzem na comunidade o sentimento de "salvação" quanto ao emprego e renda que na região, muito carente em empregos.
Segundo as informações oriundas dos ambientalistas da região, o grande problema é que os pequenos produtores enfrentam justamente a falta de emprego, escoamento da produção e incentivo. "Por esse motivo que eles preferem arrendar as terras para o plantio dos Eucaliptos. Assim, eles conseguem mais renda", avaliam os ativistas.
A maior preocupação está nas plantações em áreas de grandes proprietários, que destinam para a plantação da cultura exótica, grandes áreas de terras, mais o desmatamento promovido por assentamentos de Sem-Terra. A Petrobrás detém uma grande área de plantação de Eucaliptos em Pojuca, São Sebastião e Alagoinhas.
Os municípios da região dependem da agricultura, da agropecuária, inexistindo indústrias.
A maioria da população vive da lavoura, com grande índice de analfabetismo e com graves violações na Democracia política.
Não se observa interesse em crescimento a partir do momento que alguns políticos detém o poder na base da compra do voto e da negociação, além das trocas de favores, fazem sua base sem motivação as mudanças e evoluções. A política ambiental do Estado, "é na base do faz de conta" segundo as informações, e até mesmo uma decisão do Governador, acabou por extinguir a Secretaria que dava apoio a política ambiental no Estado.
Fonte: REDE Os Verdes da Bahia
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